segunda-feira, 19 de outubro de 2009

I.P. Finsocial - Nao podemos perder a direçao....


Você deseja vivenciar uma igreja segundo o coração do Pai? Se nós temos amor a Deus, é claro que iremos responder sim a essa pergunta. Queremos estar nos trilhos certos que nos levarão a sermos uma comunidade fiel, relevante aonde Deus nos plantou. Só que nessa história, quando tentamos imaginar este quadro, podemos pensar numa igreja segundo o nosso coração! E é aí que nós nos perdemos!
O erro começa quando nossa busca pela fidelidade começa a ter como parâmetros aquilo que está na “minha” cabeça. São visões pessoais que advém da pretensão de que é possível conhecer os princípios de Deus pela minha intuição sem passar pelo exame e obediência das Escrituras Sagradas.
Talvez seja por isso que temos visto bizarrices como as relatadas pelo Pr. Ricardo Gondim em seu artigo “quatro episódios e muitas inquietações”. Em um desses episódios, ele nos fala sobre um pastor que havia aprendido a importância de “decretar sua cidade para Deus”. Segundo o que ouviu, se ele não fizesse essa declaração de posse, o diabo iria continuar fazendo o que queria com as pessoas da localidade onde morava. Indignado com a situação e após um tempo de jejum e oração, ele teve a seguinte “revelação”. Como os lobos e os leões que demarcam o seu território urinando sobre ele, assim ele deveria fazer como legítimo representante de Jesus, o Leão da Tribo de Judá. E lá foi o pastor e seus companheiros, com muitos litros dágua em mãos, “urinando” em pontos estratégicos da cidade numa tentativa de “recuperar” o senhorio de Cristo naquela região.
Será que esse é o reflexo de uma igreja que está nos rumos de Deus? Ao examinarmos a Bíblia veremos que não. Os ensinos de Jesus, as experiências no livro de Atos e as doutrinas explicadas pelos apóstolos não ensinam atitudes assim.
Porém ao olharmos à realidade da igreja hoje, não podemos ser também apenas críticos. Nosso desafio não é somente discernir o que é errado ou exagerado. Estar no rumo quer dizer também fazer o certo. Deus não deseja que sejamos apenas críticos, mas atores na Sua história.
E que Deus faça da I.P. Finsocial e de todo seu povo:
Uma igreja mais impactante e menos barulhenta – Hoje somos percebidos pela sociedade e somos perseguidos, mas não pela nossa fidelidade a Deus. O que temos produzido é barulho! Somos como o címbalo que retine (I Co 13.1): todos percebem, mas não produz diferença. Que sejamos o bom perfume de Cristo (II Co 2.15) e ajamos na prática com amor e graça para com as pessoas, trazendo vida para os perdidos e denunciando a perdição dos valores da sociedade.
Uma igreja em busca de santidade e não em busca de experiências – “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,” (Hebreus 12.14). Queremos muito estar perto de Deus e acreditamos que a única via é a experiência que nos provoca arrepio. São nesses momentos que acreditamos estar próximos do Pai. A Bíblia nos fala que nossa busca é pela transformação pessoal, pela mudança de atitude! Se uma experiência vai nos levar a isso, amém, porém ela não é um fim em si mesmo. A finalidade da nossa busca é sermos “conformes à imagem de seu Filho”(Rm 8.29)
Que Deus nos livre de sermos uma igreja crítica com tudo e todos e incapaz de realizar algo. Que Deus nos livre também de nos transformarmos em uma igreja sem auto-crítica, seguindo o seu próprio coração e feliz porque está conquistando as suas coisas do seu jeito. Que Deus nos faça uma igreja em seus rumos.

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