sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Perguntas de homens e perguntas de Deus



Irá o Senhor rejeitar-nos para sempre? Jamais tornará a mostrar-nos o seu favor? (Sl 77.7.)

O salmista está desesperado e, quem sabe, à beira do suicídio. Ele está supondo o pior. O seu espírito pergunta: “Irá o senhor rejeitar-nos para sempre? Jamais tornará a mostrar-nos o seu favor? Desapareceu para sempre o seu amor? Acabou-se a sua promessa? Esqueceu-se Deus de ser misericordioso? Em sua ira refreou sua compaixão?” Ele está convencido do pior: “A razão da minha dor é que a mão direita do Altíssimo não age mais” (Sl 77.7-10).

A crise que se abateu sobre o salmista deixou-o confuso e pessimista. Ele precisa enxergar de novo o braço do Senhor que “não está tão encolhido que não possa salvar, e o seu ouvido tão surdo que não possa ouvir” (Is 59.1).

Deus deu ao salmista a liberdade de fazer suas perguntas. Agora é o Senhor que quer fazer-lhe apenas duas perguntas: “Quando eu vim, [...] será que meu braço era curto demais para resgatá-los? Será que me falta a força para redimi-los?” (Is 50.2).

No decorrer do salmo, o poeta recupera o ânimo e anula com uma pergunta diferente as perguntas anteriores: “Que deus é tão grande como o nosso Deus?” (Sl 77.13). Mais adiante ele faria a extraordinária profissão de fé na qual afirma 26 vezes consecutivas que “o amor de Deus dura para sempre” (Sl 136).

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Noticias de Ronaldo e Rossana Lidorio


Queridos irmãos,



Aqui estamos bem e nos sentindo reanimados no Senhor.



Ronaldo tem feito a reposição de tiamina e conseguiu iniciar a fisioterapia hoje. As dores no corpo e os outros sintomas continuam, mas o médico que nos acompanha informou que dentro de uns 2 meses deverá experimentar melhora. O diagnóstico da síndrome de beribéri foi de certa forma um alívio, pois víamos que os sintomas estavam se intensificando nos últimos meses e não sabíamos como tratar. Estamos também realizando vários exames para observar a possibilidade de alguma outra complicação neurológica. O Senhor tem nos dado boa oportunidade de tratamento e o louvamos por Sua bondade. Também pelo carinho e orações dos irmãos.



Tivemos que desmarcar os compromissos dos próximos 3 meses devido a orientação médica. Ronaldo precisará descansar e evitar as viagens nestes meses para recobrar a saúde. Vamos aproveitar o momento também para colocar em dia alguns projetos que estavam engavetados e que poderemos levar adiante neste período, sem comprometer o tratamento. Um deles é um material de treinamento e apoio missionário que não havíamos conseguido completar até então.



Estamos sempre em contato com a turma do Projeto Amanajé, que vai muito bem. Louvamos a Deus por todos e em especial por Márcio e Isaura Schmidel que assumiram a liderança da equipe em nossa ausência. Toda a equipe (41 pessoas, em 12 diferentes etnias) está indo muitíssimo bem.



Recebemos notícias de que a equipe Konkomba que trabalha com a revisão dialetal do Novo Testamento Konkomba-Limonkpeln planeja enviar-nos o material para a revisão final até outubro próximo. Nosso desejo é revisá-lo e publicar mais 3.000 exemplares do Novo Testamento na língua Limonkpeln.



Aproveitamos para partilhar com vocês três textos que falam um pouco sobre nossas últimas atividades, bem como nos levam a intercessão.



Ice-Breaker (quebradores de gelo)

http://www.portasabertas.org.br/artigos/artigo.asp?ID=5553



Liderança e integridade de coração

http://www.lideranca.org/cgi-bin/index.cgi?action=viewnews&id=7377



O cenário indígena brasileiro e a atuação missionária evangélica

http://www.ronaldo.lidorio.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=61&Itemid=26



Louvamos a Deus por suas vidas e orações. Em tudo Ele tem nos dirigido neste tempo, e nos abençoado de forma especial.

Nada nos falta. Nem a paz do Senhor, nem a alegria para servi-Lo.



Em Cristo Jesus.



Rossana Lidório

WWW.AMEM.ORG.BR

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ele Sabe




Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem; pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó. (Sl 103.13,14.)

Mesmo sem o atributo da onisciência, a mãe sabe do que a criança precisa, o médico sabe do que o doente precisa, o professor sabe do que o aluno precisa. Se isso acontece com pessoas, extremamente limitadas, por que não aconteceria com Deus, que não tem limite algum?

Para obter a confiança de suas ovelhas e eliminar qualquer dúvida, Paulo lhes garantiu: “Deus sabe que os amo!” (2 Co 11.11). Jó considerava-se descoberto aos olhos de Deus: “Ele sabe o meu caminho” (Jó 23.10). O salmista vai muito além e declara: “Senhor, tu sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso. Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor” (Sl 139.2-4).

É por essa razão que Jesus afirma que a verbosidade nas orações é desnecessária, pois o “Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem” (Mt 6.8). A ansiedade também é desnecessária porque o Pai celestial sabe que nós precisamos das coisas básicas, como alimento, roupa, moradia etc. (Mt 6.32). Ele sabe de tudo e a respeito de todos.

Uma coisa que Deus precisa saber e sabe é a nossa origem: “Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem; pois Ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó” (Sl 103.13,14) Deus não nos trata como super-homens. Somos difíceis, complicados, limitados, frágeis, quebradiços, tímidos, vulneráveis, complexados e assim vai.

Se Ele não soubesse dessa nossa enorme dependência dele, estaríamos perdidos!

Bom dia! Que Você tenha uma semana repleta das bênçaos de Deus!
Pr. Rubens

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Curso de Visitador hospitalar

Dia 17 de outubro de 2009 - no HGG.
Das 08h ás 18h
Somente 50 vagas
As pessoas que colocaram o nome na lista, ja estao inscritas.
Os Demais deverao ligar no HGG, na seçao de RH (Humanizaçao).
Será oferecido um coffe break pela manha, almoço e lanche à tarde.
PR. Rubens Cirqueira

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Liçoes de um sapateiro


Faz muito tempo. Tanto tempo quanto esperei para ter o direito de dizer isso. Naquela época, eu era como vai a canção popular: tinha coragem de tigre moço e cabeça de burro velho. A igreja, a primeira depois de uma experiência como pastor-colaborador (eh título sem respaldo!), de povo bom, cristão, amigo, e de conselho para lá de bom, para lá de amigo, de gente para lá de crente.

Porém... tem o porém. Se não houver percalços a gente sempre arruma uns que é para ir levando -- senão, quem é que vai prestar a atenção que a gente requer? É como gostar de jiló para adoçar a vida.

Sei que um dia, zangado com a vida e cançado de gente muito boa que ressaltava meus males (a Bíblia diz que, no fundo e no raso, a ira é sempre contra Deus, mas quem quer saber disso quando está zangado?), fui chorar as pitangas na casa de um membro da igreja especialmente escolhido pela história recente de nossa amizade.

Iletrado, aprendeu a ler para ler a Bíblia. Era o homem que orava por mim quando o de que eu precisava era coisa do coração -- envergonhado, pequeno, menino. Seu dia era passado no banquinho de sapateiro junto à mesa coberta de couro, do lado direito de quem entra. O outro banquinho era o meu -- já tinha se ajustado ao meu sentar. Sentia-me parte da oficina de sapateiro.

Minha conversa parecia composição de música caipira de cidade, seguindo o ritmo do martelo agalopado (ritmo musical): um na sola outro na tacha.

-- Pois é, seu ... posso estar sendo martelo -- dicionariamente: sujeito maçante -- mas eu não agüento mais... A Bíblia diz que eu deveria ser apoiado no ministério, não martelado (sentimento pastoral comum ) desse jeito. Parece que eu só levo na cabeça!

O que eu queria mesmo era ser poupado, mas vamos em frente que atrás vem gente. Enquanto eu falava, o seu ... prosseguia na lida. Ajusta o sapato no pé-de-ferro, pega a tacha da boca e põe na marca no couro, ergue o martelo e -- uma na sola e outra na tacha. E eu martelando a fala.

Depois de um tempo -- eu com o ouvindo zunindo das pancadas de lá de onde procediam as queixas, e de cá, o seu ... tinha o martelo do ouvindo zunindo do meu ruído e abafando com um na sola outro na tacha.

Foi quando o irmão levantou os olhos da sola que estava no ferro, e entrou de sola no couro duro do coração do amigo:

-- Pastor, apanha essa tacha enferrujada na fresta do assoalho.

Eta! Era hora de apanhar a tacha ou de apanhar?. Delicadamente, como quem mexe com peça de relógio (todo cuidado era pouco quando a gente expõe o intestino em vez de o coração) pousei a tachinha no canto esquerdo da mesa, quase que lhe negando o acesso, desconfiado de que aí vinha o troco.

-- Tem gente que já foi até a China com sapato que eu consertei. Meia sola, sola inteira. Tudo com tachinha. De vez em quando, uma tacha pula da mesa para o chão e acaba numa fresta de assoalho. Fica perdida. Enferrujando. Tacha que tem medo do martelo é fujona, é inútil. Só serve para ilustrar conversa.

-- É uma na sola, outra na tacha. Já vou indo; obrigado.

-- Faz uma oração.

-- Faço mais: leio a Bíblia --

Dou graças ao meu Deus, lembrando-me, sempre, de ti nas minhas orações, estando ciente do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e todos os santos, para que a comunhão da tua fé se torne eficiente no pleno conhecimento de todo bem que há em nós, para com Cristo. Pois, irmão, tive grande alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos santos tem sido reanimado por teu intermédio. Pois bem, ainda que eu sinta plena liberdade em Cristo para te ordenar o que convém, prefiro, todavia, solicitar em nome do amor, sendo o que sou, Paulo, o velho e, agora, até prisioneiro de Cristo Jesus; sim, solicito-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei entre algemas. Ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim. Eu to envio de volta em pessoa, quero dizer, o meu próprio coração. (Filemom, vv. 4-12.) --

e depois oro:

-- Senhor, eu te agradeço por uma na sola e outra na tacha. No nome de Jesus, amém.
Wadislau Martins

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Acampamento fevereiro de 2010 - IP Finsocial







O APC possui



Alojamento em dormitórios para 120 pessoas.

Área de camping para 400 pessoas

Muitas árvores, muita sombra

Amplo estacionamento para carros, motos, ônibus e caminhões

1 Telefone Público

1 Residência do diretor

1 Poço artesiano, caixa d’água grande, bebedouros e água de qualidade à vontade



22 Banheiros nos blocos dos alojamentos

1 Apto exclusivo para preletores

4 Quartos e 1 banheiro reservados para os motoristas dos ônibus

1 Capela que comporta 120 pessoas assentadas

9 Salas de reuniões, sendo 7 delas com banheiro

1 Escritório

1 Biblioteca



1 Cozinha ampla e montada com panelas, utensílios em geral, geladeira, fogão e freezer

1 Refeitório bem montado com mesas, cadeiras, talheres, copos e pratos

1 Cantina



1 Piscina de 7,5m por 15m por 1,40m

8 Banheiros na área da piscina e da quadra

1 Toboágua

1 Quadra Poli-esportiva coberta

1 Campo de Futebol

1 Quadra de Voley de grama

1 Spiribol

1 Mesa de Ping-pong

2 Mesas de Peteleco

1 Grande pátio gramado para diversões em geral

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

De perdão em perdão




Jo 4.13-26 – O diálogo! – Uma leitura!

Jesus: Eu sei que esse poço de Jacó é, em si, um milagre, mas quem beber dessa água tornará a ter sede, já, quem beber da água que lhe estou oferecendo, nunca mais terá sede. Essa água se tornará uma fonte, em si, a jorrar pela eternidade afora.

Samaritana: Me dá dessa água para que eu não tenha de vir mais aqui buscá-la. Ainda mais debaixo deste sol escaldante.

Ela estava com algum problema com sua comunidade e, por isso, não podia ir com as demais mulheres a buscar água, daí, tinha de vir no horário do almoço.

Parece que ela desconfiava de que Jesus, de fato, estava falando de algo, talvez de cunho espiritual. Sua pergunta forçava Jesus a deixar claro o que quer que fosse.

Jesus: Vá buscar o seu marido e volte, que eu lhe falo.

A impressão primeira é a de que Jesus está usando a lógica dos rabinos, de que só se pode comunicar a Palavra para os homens.

Parece, mas não o é, porque se esse raciocínio tivesse preponderado, nenhum diálogo haveria, desde o começo.

Samaritana: Eu não tenho marido.

Ao dizer isso, a mulher coloca Jesus numa situação critica: é como se ela lhe tivesse respondido – não tenho marido, se quiser falar comigo, tem de ser desse jeito mesmo.

E aí se revela a intenção de Jesus, a de manifestar-se.

Jesus: Você está certa, você já teve cinco maridos, mas este, com quem agora vive, não é seu marido. Você disse a verdade!

Samaritana: Vejo que você é profeta. Nossos pais disseram que deveríamos adorar a Deus neste lugar, e vocês dizem que devemos adorar em Jerusalém.

Tem-se a impressão de que ela está mudando de assunto, mas ela não o está. No contexto da época, adorar era ir até o Templo para oferecer um sacrifício que, uma vez aceito, obteria o perdão de Deus. Adorar era pedir perdão. O diálogo, portanto, ficaria assim:

Samaritana: Vejo que você é profeta. Eu sei que tenho de acertar isso com Deus, nossos pais disseram que era aqui que se pedia perdão a Deus, mas vocês dizem que é em Jerusalém que se deve pedir perdão. Onde se pede perdão a Deus?

Jesus: É em Jerusalém que se pede perdão a Deus, porque a salvação vem dos judeus, e nós adoramos o que conhecemos, e vocês adoram o que não conhecem. Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores pedirão perdão ao Pai em todo o momento, em si mesmos, em todo o lugar, e serão perdoados. Porque são estes adoradores que o Pai procura, porque o Pai é Espírito, está em todo o lugar, e importa que aqueles que reconhecem a Sua honra lhe peçam perdão em todo o tempo.

Samaritana: Quer dizer que eu posso pedir perdão em qualquer lugar, a qualquer hora? Mas, e o Templo?

Jesus: O Templo é você.

Samaritana: Então Deus pretende mudar de endereço, e, agora, quer morar nas pessoas?

Jesus: Exatamente, Deus é Espírito e quer morar no espírito das pessoas.

Samaritana: Mas, e o holocausto, o sacrifício?

Jesus: O sacrifício sou eu.

Samaritana: Bem, o que você está dizendo é muito diferente. Eu estou aguardando o Messias, o Salvador, quando ele vier nos explicará todas as coisas.

Jesus: Eu sou o Messias. Eu sabia que você estava me esperando e vim vê-la. Eu marquei esse encontro com você.

Adorar a Deus é pedir perdão. Tudo o que dizemos a Deus é insuficiente para honrá-lo. Mas quando lhe pedimos perdão, o adoramos, porque admitimos que Ele está certo, não nós. E lhe pedimos perdão, não apenas por nossos desvios morais, mas por nosso jeito de ser e de viver.

Os do Antigo Testamento esperavam o fim de semana para prestar culto, para pedir perdão, reconhecendo que Deus estava certo. Honrando-o, portanto. E só podiam fazê-lo no Templo de Jerusalém. Os do Novo Testamento têm Deus morando em si, por isso podem, a qualquer hora, honrá-lo com o seu pedido de perdão. Passam toda a semana em culto, e usam o final de semana para, com os demais Templos de Deus, celebrar a semana de culto. Os do Antigo Testamento partiam de seu pecado para o Templo, onde ofereceriam o sacrifício, que, uma vez aceito, lhes garantiria o perdão. Os do Novo Testamento partem do holocausto aceito previamente e para sempre – o sacrifício de Jesus, o Cordeiro de Deus, para o pedido de perdão, na certeza de que ao confessarem os seus pecados, Deus, fiel ao sacrifício, e reconhecendo que a justiça foi, no sacrifício, satisfeita, perdoará e tornará puro o pecador, como se ele não houvesse pecado (1 Jo 1:9).

O pedido de perdão é precedido por arrependimento. De perdão em perdão, somos transformados em pessoas parecidas com Jesus, porque o Espírito Santo vai nos revelando onde estamos desonrando a Deus e, então, a partir de nosso arrependimento e consequente pedido de perdão, Ele nos transforma à imagem do Senhor (2 Co 3.18).

por Ariovaldo Ramos

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Somos como neblina...




Quando somos crianças ou ainda muito jovens temos a impressão de que o tempo não passa! Principalmente quando esperamos ansiosamente por algo que tanto desejamos. Os segundos se transformam em minutos, os minutos em horas, e as horas em dias. Eu me lembro o quanto eu esperei completar 18 anos para poder dirigir o carro do meu pai. A espera parecia uma eternidade!

Entretanto, quando paramos e olhamos para trás percebemos que o tempo não para! Apesar dos meus 18 anos estarem tão vivos na mi- nha memória como se tivessem acontecido ontem, eles já se passa- ram há mais de 20 anos. Certamente você também já se deu conta que o tempo passa muito rápido!

Quando nossa vida está imersa no ativismo comum dos grandes cen- tros urbanos nós nem percebemos o tempo passar. São tantas ativi- dades e trabalho para concluir que chegamos a pensar que uma se- mana com apenas 7 dias é muito curta. E ai os dias parecem horas, as horas minutos e os minutos parecem segundos. E quando perce- bemos, o tempo passou, pois o tempo não para e a vida passa rápido!

A Sabedoria Bíblica fala muito sobre a brevidade da vida. Em Tiago 4.14 encontramos, “Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa”.

O tempo passa como um sopro e quando estamos imersos no ativis- mo nós nem percebemos a vida passar. Por isso o salmista escreveu, “SENHOR, que é o homem para que te importes com ele, ou o filho do homem para que por ele te interesses? O homem é como um so- pro; seus dias são como uma sombra passageira”. Salmo 144.3-4

Quando nos damos conta da brevidade da vida e da velocidade do tempo surgem duas questões essenciais em nosso coração: (1) O que fizemos do tempo que já passou? (2) Como vamos viver o tempo que nos resta? Você já se fez estas perguntas?

O Passado já Passou!

Em relação ao tempo que passou não podemos fazer muita coisa. Se não o aproveitamos bem ele já passou. Não dá para mudar o que já escrevemos em nossa história. Não dá para re-escrever no passado o que queríamos ter feito e não fizemos. Não é possível recuperar o tempo perdido com coisas que não voltam mais. Não da para re-inves- tir nos relacionamentos que já se foram; não dá para re-agendar as viagens que não fizemos; não dá para comparecer nos encontros que já terminaram; Não dá para se despedir de quem já partiu e não vai voltar!

O máximo que dá para fazer é nos arrepender do que deixamos de fa- zer ou do que fizemos e devíamos não ter feito. E isso fica muito claro na letra da música Epitáfio dos Titãs: “Devia ter amado mais, ter cho- rado mais, ter visto o sol nascer...”.

O Presente e o Futuro!

Mas se por um lado não dá para voltar ao passado, como muitos de nós gostaríamos, podemos ao menos rever nossos valores para tentar viver a vida com mais sentido no presente e aguardar com esperança o futuro!

A Sabedoria Bíblica nos incentiva a re-orientar a nossa vida presente debaixo do Senhorio de Jesus, para que possamos viver a vida de maneira plena e abundante. Jesus disse em certa ocasião: “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância”. João 10.10

Jesus é a fonte de vida para todos os que se entregam a Ele. E a vida que ele oferece é plena e abundante. É plena de realização interior, de sentido e de esperança, pois Jesus é o próprio autor da vida: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida...”. João 1.3-4

Se você já parou para fazer um balanço de sua vida e chegou a mesma conclusão dos Titãs na música Epitáfio, deixe de gastar tempo com coisas que não constroem nada em sua vida e invista tempo bebendo da fonte de vida que é Jesus Cristo. Escute suas palavras e re-organize sua agenda sobe a perspectiva dos dois grandes mandamentos de Jesus: “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento... Ame o seu próximo como a si mesmo”. Mateus 22.37 e 39.

Pare de gastar todo o seu tempo com aquilo que apesar de importante não é a maior prioridade de sua vida. Invista tempo construindo um relaciona- mento mais próximo de Deus e das pessoas que você ama, pois é isso que levamos conosco por toda vida!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ou vc Lê A Bíblia ou vc acredita nessas coisas!!!!




Com o desejo desenfreado em criar e domar igrejas de forma fácil e lucrativa, muitos têm se aproveitado dos jargões mais defasados para atrair discípulos para si. São poucos os que contestam esses bordões, mas que cada crente analise e compreenda o que se ouve e prega nas igrejas espalhadas pelo país afora (At 17.11)


1. Quero que vocês dêem uma oferta especial para manutenção do nosso programa de rádio e TV, pois foi Deus quem mandou pregar na mídia.

2. Ora em línguas aí, irmão.

3. Deus está curando você, minha irmã, deste nódulo no seio que você nem sabia que tinha (assim fica fácil).

4. Deus está operando poderosamente (deve ser o contrário de 'Deus está operando mais ou menos"...)

5. Irmãos, Deus me deu revelação. Esse será o ano de Elias, de Josué, de Gideão, de João Batista....

6. Abra a boca e profetize; as palavras têm poder.

7. Hoje eu deixo de ser crente se Deus não operar um milagre. (Boa ideia)

8. Incendeia tua noiva, Senhor.

9. Sendo dizimista, você pode colocar Deus contra a parede.

10. Quem tem um caroço em qualquer lugar do corpo, levante a mão que Jesus vai curar agora.

11. Você é filho do Rei e não merece estar nessa situação.

12. Essa doença não existe, ela é apenas uma ameaça do Diabo.

13. Venha para Jesus e pare de sofrer.

Não creia em qualquer um.



Texto Básico: 1João 4.1-6

John MacArthur Jr afirma que a maior necessidade da igreja atual é o discernimento espiritual. Com tanta confusão doutrinária, precisamos de discernimento espiritual. No Novo Testamento, “discernir” (diakrinô) significa “fazer uma distinção” (At 15.9), isto é, “separar coisas através de seus pontos de diferença, a fim de distingui-las” (Jay Adams). Discernimento é o processo de fazer distinções cuidadosas em nosso pensamento sobre a verdade e a mentira, o falso e o verdadeiro.

O discernimento é uma obrigação primeira dos líderes espirituais (1Tm 4.6-7, 13,16; Tt 1.9) e também de cada crente: julgai todas as cousas, retende o que é bom (1Ts 5.21). “Julgai” (dokimazô) significa “aprovar, discernir ou provar” e se refere ao processo de testar alguma coisa, a fim de revelar a sua autenticidade. Paulo ordena a cada um de nós: “testem a autenticidade de todas as coisas que vocês estão ouvindo e vendo”.

João recomenda aos seus leitores: Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora.(1Jo 4.1). Trata-se de uma advertência pastoral que visa o benefício espiritual do rebanho. Para podermos discernir corretamente os espíritos, precisamos:

- Verificar a origem do espírito

João declara: Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora (1Jo.4.1). Neste versículo temos três lições principais: (1) Não acreditem em todo espírito. A palavra “espírito” é uma metonímia que significa “ensinamento” (cf. Jr 29.8; 1Tm 4.1). Não devemos aceitar o ensino espiritual sem a avaliação do seu conteúdo. John Stott declara que “os leitores de João eram propensos a aceitar sem críticas todo ensino que parecesse dado por inspiração”. (2) Provai a origem do ensino. Nem tudo o que é espiritual ou sobrenatural tem origem divina. Identificar o sobrenatural com o divino é um grande equivoco espiritual (Dt 13.1-5). Precisamos checar todo ensinamento espiritual a luz da Palavra de Deus (1Pe 4.11; 1Ts 2.4). (3) Há muitos falsos profetas. Esta é a razão porque se deve testar os ensinamentos: a existência de muitos anticristos ou falsos profetas (Mt 7.15; 24.24; At 20.28-30; 2Pe2.1).

John Macarthur Jr oferece-nos um plano prático para o discernimento espiritual: (1) Deseje discernimento espiritual – Pv 2.3-6; (2) ore por discernimento espiritual – 1Rs 3.5-14; obedeça a verdade – Tg 1.22; siga líderes que tem discernimento – Ef 4.14; dependa do Espírito Santo – Jo 16.13; 1Co 2.12-15; estude as Escrituras – 2Tm 2.15; continue crescendo em maturidade espiritual – 2Pe 3.18.

- Analisar o conteúdo da mensagem espiritual

João apresenta o conteúdo do teste: Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo.(1Jo 4.2-3). O teste consiste em perguntar acerca da origem da mensagem: (1) Toda mensagem que se origina no Espírito Santo, confessa e reconhece que Jesus era verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Em outras palavras, todo ensinamento que reconhece que Jesus Cristo veio em carne são de Deus. (2) Toda mensagem de origem humana e satânica nega a humanidade de Jesus. Em outras palavras, todo ensino que não reconhece a encarnação de Jesus, não provêm de Deus.

Irmãos, não deis crédito a qualquer ensino. Incredulidade pode ser sinal de maturidade espiritual, tanto como a fé no ensino verdadeiro.

Arival Dias Casimiro

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Correndo atrás de Tempestades


Paulo estava sendo levado para Roma a fim de ser julgado. Após semanas de navegação, chegaram a um lugar chamado Bons Portos, onde o navio atracou. Dali, eles deveriam seguir viagem. Mas Paulo sentiu dentro de si aquilo que costumamos chamar de intuição.


Ele avisou ao oficial romano encarregado dele de que não seria seguro seguir viagem, pois ele estava “vendo” que a viagem seria perigosa. Paulo sugeriu que passassem o inverno ali, "dizendo-lhes: Senhores, vejo que a navegação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas" (At 27.10).


Mas o oficial romano foi consultar o capitão e o dono do navio, pessoas mais experientes, e estes disseram que isso era bobagem e que poderiam seguir viagem tranquilamente. O oficial acreditou mais na palavra dos marinheiros e seguiram viagem.


No começo parecia que ia tudo bem, mas, de repente, viram-se no meio de uma tempestade assustadora. Paulo não resistiu e disse:


- Vocês deveriam ter me escutado.


Que coisa! Como a história se repete! Na maioria das vezes em que nos vemos em meio a tempestades, olhamos para trás e vemos que Deus usou alguém para nos avisar de que deveríamos ficar nos Bons Portos. Mas também na maioria das vezes que colocamos na cabeça que é por aqui que devemos ir, quem é que tira isso de nós?
Confundimos obstinação com convicção.



Quando colocamos na cabeça que é por aqui que devemos ir, palavras como as de Paulo soam como palavras de derrota e pessimistas. Muitas vezes não sabemos distinguir palavras que são verdadeiros avisos de Deus para nós, a fim de nos livrar de tempestades que vêm pela frente.


O duro é ter que ouvir depois: “Eu te avisei”.


O duro é lembrar o quanto estava tudo tão bem lá em Bons Portos. “Custava eu ter esperado um pouco mais?”


O duro é ver a carga sendo jogada ao mar. Quanto prejuízo, tudo por causa da minha precipitação.


Mas que bom saber que Deus não nos abandona!


Paulo disse a eles: “O navio vai afundar, mas ninguém vai morrer”. Em outras palavras, ele estava dizendo que, de fato, o navio “já era”, nem adianta orar para que ele não afunde, pois ele vai afundar, mas vamos escapar dessa.




É isso ai! Se entramos numa viagem que não deveríamos, que poderíamos ter esperado e que por isso sofremos as consequências de nossas escolhas, ainda assim podemos contar com a misericórdia de Deus. O navio afundou perto de uma ilha e todos puderam se salvar.No meio das tempestades que nós mesmos buscamos, podemos ter certeza de algumas coisas: primeiro, a tempestade vai passar, e segundo, sairemos dela com vida.


Mais uma coisa, Deus quer que aprendamos a lição e sejamos mais prudentes e menos obstinados.


"O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena." (Provérbios 27.12)

Pr. Edmilson