terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um Bom Livro.


TRANSTORNOS MENTAIS & ESPIRITUALIDADE

Uma Visão Médica e Espiritual da Ansiedade, Síndrome de Pânico e Depressão.

Este livro apresenta a definição, o diagnóstico e os tratamentos disponíveis para a ansiedade, a depressão e a síndrome de pânico, baseada nos mais recentes estudos da psiquiatria e também a visão bíblica dos transtornos mentais, apresentando soluções da fé, para vencer a ansiedade e a depressão.

Um dos seus objetivos é oferecer ao público, em geral, informações médicas a respeito dos transtornos mentais mais comuns em nossa sociedade, apresentando os critérios utilizados para o diagnóstico e as alternativas de tratamento incluindo a fé como importante aliada.

Os autores unem duas áreas de competências de um tema tão sério, sem que uma anule ou invada a outra, mas que ambas se complementem, pois entendem que fé e ciência devem caminhar juntas na busca de soluções para os problemas que afligem o homem.


Combatendo o Sintoma e não a Causa.

Não faz sentido proibir a burca



Yassin Musharbash


A Bélgica provavelmente proibirá as mulheres de vestirem a burca ou o niqab em público neste mês. Apesar da oposição ao véu islâmico ser compreensível nas sociedades democráticas ocidentais, proibi-lo não resolverá os problemas fundamentais de integração.

O Islã é basicamente aquilo em que os muçulmanos acreditam. Alguns acreditam que sua fé é perfeitamente compatível com cerveja. Outros acreditam que a única roupa adequada para uma mulher é a burca. A maioria dos muçulmanos se enquadra em um ponto intermediário entre esses dois extremos.

Se essas convicções religiosas se transformam em um problema depende do contexto social. No Afeganistão, a cerveja é um problema, mas a burca não. Na Bélgica, é o oposto. Há no momento uma ampla coalizão na Bélgica, incluindo verdes, liberais, democratas-cristãos, socialistas e a extrema direita, que quer impor uma proibição legal ao uso da burca e do véu que cobre o rosto chamado de niqab. Essa proibição seria aplicada por meio de multas ou até mesmo pena de prisão.

Uma proibição semelhante foi proposta na França e não causaria surpresa se o debate da burca logo se estendesse a outros países europeus, incluindo a Alemanha. E isso apesar de pouquíssimas mulheres que vivem no Ocidente usarem de fato a burca ou o niqab.

Impedindo a integração

Uma das ideias fundamentais da modernidade ocidental é o de que o mundo seria um lugar melhor se os países fossem mais parecidos com a Bélgica e menos como o Afeganistão. Homens e mulheres deveriam ser iguais, ninguém deveria ser excluído ou se sentir excluído, a religião deveria ser um assunto em grande parte privado. E os parlamentares belgas obviamente sentem que a burca e o niqab violam esses princípios fundamentais.

Isso é compreensível. Segundo esses padrões, a prática de tornar as mulheres –e nunca os homens– irreconhecíveis em público é uma provocação. E frequentemente há a suspeita de que algumas dessas mulheres são forçadas a vestir essas coberturas. Também pode ser presumido que as crianças nessas famílias não estão sendo criadas com ideias particularmente emancipadoras. Há certamente pouca dúvida de que esses véus atrapalham a integração.

Todavia, não faz sentido proibir a burca e o niqab. Essa proibição seria simplesmente atacar um sintoma, ignorando o problema real. Em questão não está o véu que cobre a cabeça, mas aquele que está dentro da cabeça.

Para qualquer mulher que é forçada a vestir a burca, uma proibição apenas asseguraria que ela não mais seria autorizada a sair de casa. Ninguém está seriamente sugerindo que ela teria um efeito instrutivo ou esclarecedor sobre o marido. E é arriscado especular que ela se sentiria apoiada por esta declaração legislativa.

Proibições não derrubam barreiras

Certamente é verdadeiro que as burcas parecem deslocadas na Europa. Afinal, a Europa representa a ideia de uma sociedade democrática, dinâmica e aberta. Quando parte da sociedade se remove (ou é removida) desses ideais, então isso é um problema.

Entretanto, proibições não tornam esses ideais mais claros ou mais palatáveis, não encorajam a participação e não derrubam barreiras. Elas fazem sentido quando envolvem ações concretas, como mutilação genital de meninas ou incitação à violência, nenhum dos quais são problemas exclusivamente muçulmanos.

Aqueles que gostariam de ver a burca e o niqab desaparecerem das ruas da Europa, entretanto, precisam procurar por outras soluções. A integração em uma sociedade aberta só pode ocorrer por meio de contato e troca. A frequência compulsória de crianças nas pré-escolas faria muito mais sentido, combinada com a obrigação por parte de ambos os pais de estarem presentes nos encontros de pais e mestres. E é melhor ir vestindo uma burca do que não ir.

A vantagem de propostas como estas é que não visam apenas as mulheres, nem apenas as famílias nas quais a mulher veste uma burca. Nem toda mulher vestindo uma burca ou um niqab se sente oprimida. E a prisão em que muitas mulheres muçulmanas sem dúvida vivem também pode ser invisível. Ela não é feita de tecido, mas de ideias.


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O mais rápido possível




…ó Senhor, nosso Deus, livra-nos das suas mãos, para que todos os reinos da terra saibam que só tu és o Senhor Deus. —2 Reis 19:19

Para a maioria dos falantes de língua inglesa, a sigla ASAP significa As Soon As Possible (o mais rápido possível) ou imediatamente. No entanto, para o cristão pode significar também: Always Say A Prayer (faça sempre uma oração).

O rei Ezequias foi um dos melhores reis de Judá. Ele restabeleceu a adoração a Deus em seu país após o reinado cruel de seu pai Acaz (2 Reis 18:3-4). Contudo, quando o rei da Assíria atacou Judá, Ezequias rendeu-se a ele, e retirou o ouro do templo em Jerusalém para acalmá-lo (2 Reis 18:13-16).

Isso, porém, não satisfez o rei da Assíria, que voltou para lançar outra ameaça. Foi então que Ezequias voltou——-se para o Senhor. Ele orou: “…tu somente és o Deus de todos os reinos da terra […] livra-nos das suas mãos, para que todos os reinos da terra saibam que só tu és o Senhor Deus” (2 Reis 19:15-19). Quando Ezequias orou, Deus respondeu-lhe de modo extraordinário e o livrou dos seus inimigos (2 Reis 19:35-37).

Pode ser que você esteja enfrentando um problema que o deixe com um sentimento de impotência.Pode ser a perda de um emprego, uma situação difícil na família, no trabalho ou enfermidades. Temos um Deus poderoso a quem podemos levar nossas preocupações. Portanto, antes de fazer qualquer outra coisa, lembre-se: Faça sempre uma oração.

A oração deve ser nossa primeira reação ao invés do nosso último recurso.

Fonte : Nosso Pão Diário.

Câncer...E agora!!!


Como conversar com um paciente de câncer sobre a importância da assistência espiritual


"O espírito firme sustém o homem na sua doença, mas o espírito abatido, quem o pode suportar?" (Pv 18.14).

Sombras surgem em um piscar de olhos

Aquele era mais um exame de rotina. Como era chato ter que romper com o corre-corre, adiar tarefas e separar um tempo para ir ao consultório médico. Mas, em nome da saúde, valia a pena. Como sempre, Marisa não esperava nada de novo. Tendo se submetido aos rituais exigidos anualmente, era continuar a correria da vida que não espera ninguém.

Só que dessa vez, foi diferente. Os olhos da médica estavam sombrios, enquanto fazia o ultrassom da sua tireoide. Ela só balbuciou: "Você deve procurar seu médico com urgência. Há nódulos em sua tireóide". Como Marisa, você, provavelmente, também passou por isso. Do nada, surgiu um "carocinho" meio estranho, alguma coisa que não estava lá antes. Algo que não fazia parte de você.

Como lidar com esse susto, quando a estabilidade da vida é abalada pelo desconhecido? Mil pensamentos bombardeiam sua cabeça, sempre pensando no pior. Lembranças de pessoas com câncer veem ao seu encontro, como um mau agouro para quem ainda terá que se submeter a uma biópsia.

E agora, contar ou não para a família? É melhor esperar pelos resultados, para não alarmá-los antes do tempo. Mas sua mente não para: e seu emprego? E quanto às crianças? E os muitos sonhos e planos? E aquela viagem tão sonhada? E o sonho de envelhecer com saúde, independência e disposição? De que lhe valeram todas as horas na academia e os sacrifícios da dieta, se as sombras do câncer estão ameaçando sua vida?

As médicas parecem gêmeas, em sua maneira idêntica de agir. Após a biópsia, o semblante sombrio, o olhar distante e indireto. Palavras não são necessárias para que Marisa saiba a verdade. Arrisca uma pergunta, para a qual já tem a resposta: "É câncer, doutora?".

Agora não são mais suposições, fantasmas ou pesadelos. É a cruel e inegável realidade. Como lidar com um invasor tão sujo e desonesto que surge de repente tirando a sua paz?

Confissões do fundo do poço

O sono vai-se embora, medo e ansiedade tomam todo o seu ser. O poço é fundo, e nem ao menos uma réstia de luz ilumina seu coração abalado. Perguntas gritam do fundo de seu ser: "Deus! Por que eu? Por que agora? O que fiz para merecer isso? Há tanta gente má por aí, porque logo eu, que não faço nada de mais, tenho de sofrer?".

Pode parecer, mas não é só você que está passando por esse deserto escaldante. Homens e mulheres, como você e eu, têm enfrentado "o vale da sombra da morte". Um deserto tão tenebroso que o simples pensamento de atravessá-lo sozinha é apavorante.

Mas ninguém está livre desse tipo de pesadelo. Por mais rico, saudável, poderoso e bem-sucedido, temos todos corpos frágeis. Até mesmo um grande personagem histórico, como Davi, não ficou livre desse sofrimento.

De fato, ele foi um grande rei do passado, poderoso sobre nações, uma pessoa muito especial. Um homem tão amado que o significado de seu nome era "homem segundo o coração de Deus". Mas ele também passou pelo vale.

Em meio à dor, compartilhou sua tristeza dizendo: "Sinto-me encurvado e sobremodo abatido, ando de luto o dia todo. [...] Estou aflito e mui quebrantado; dou gemidos por efeito do desassossego do meu coração". (Sl 38.6,8) Quando a dor nos esmaga, tendemos a perder a perspectiva, a desistir de lutar e a entregar os pontos. Se isso acontece, nem os medicamentos nem os tratamentos mais modernos da medicina exercem o mesmo efeito sobre a doença. "O espírito firme sustém o homem na sua doença, mas o espírito abatido, quem o pode suportar?" (Pv 18.14).

Muitas pesquisas científicas realizadas em todo o mundo comprovam o efeito da fé sobre a saúde física e mental. Mesmo que não saibam bem como explicar, pacientes que têm esperança apresentam maior imunidade orgânica e enfrentam melhor o período de hospitalização, recuperando-se em cerca de um terço do tempo, em comparação com outros pacientes com os mesmos males.

Como disse o sábio Salomão, em seu livro de Provérbios: "O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos" (Pv 17.22).

O relacionamento que traz esperança

Que tipo de fé é essa? É fé em dias melhores? É fé de que o problema não seja tão grave? É a fé que os médicos encontrarão a cura rapidamente? É a fé que espera por um milagre? Onde, então, buscar esse tipo de fé que traz a esperança que permanece mesmo na dor, dando-lhe razão para viver e forças para lutar?

Esta é a esperança que só pode ser oferecida pela fé no Deus que nos criou, que nos conhece e tem tanto o poder para aliviar as nossas dores como para curar a nossa alma, dando-nos novas forças e vida nova para crescer e sorrir mesmo em meio às sombras da enfermidade.

Esse Deus é alguém pessoal, próximo e que, por nos amar muito, quer ter um relacionamento profundo com cada uma de nós. Esse relacionamento trará sentido ao nosso viver, e uma nova concepção para cada um dos nossos dias.

O seu amor foi além das palavras, pois ele nos deu o seu Filho Jesus, para que, por intermédio de sua morte, tivéssemos vida ao crermos nele. Ao confiarmos em Jesus, temos perdão de todas nossas culpas e a oportunidade de começar uma vida nova e eterna sob os seus cuidados.

É ele quem nos convida: "Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará" (Sl 37.5).

Ao entregar-se a ele, você encontrará a paz que excede todo o entendimento e gozará do cumprimento de sua promessa: "De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei" (Hb 13.5).

O Pastor de nossa alma nos garante: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo..." (Sl 23.4).

Somente com ele poderemos ter saúde espiritual, mesmo em meio à enfermidade, experimentando sua paz, ao dizer: " O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará". (Sl 23.1)

Por: Eleny Vassão de Paula Aitken