quarta-feira, 17 de junho de 2009

Deus acima dos deuses.


Quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-lo como Ele é. (1 Jo 3.2.)

Todo homem nasce trazendo na alma o vazio da ausência de Deus. Na tentativa de preenchê-lo, engenhosamente elaboram-se as mais diversificadas fábulas, pelas quais se procura “explicar” os mistérios da divindade, da vida e da natureza.

Para nós do Ocidente, o maior exemplo disso é a mitologia grega, em que figuras míticas do mais baixo padrão moral são elevadas à condição de divindades, evidenciando-se assim ignorância da realidade demonstrada na Palavra de Deus.

Há quem ouse se referir aos tesouros da Bíblia como “a mitologia hebraica”, sem se dar conta de que ela é a revelação do único e verdadeiro Deus. A transfiguração, quando o rosto de Jesus resplandeceu como o sol e suas vestes ficaram brancas como a luz (Mt 17.1-8; compare com Ap 1.12-16), é um de seus muitos relatos que mostram inequivocamente a sobrenaturalidade e majestade do Filho de Deus.

No contexto daqueles deuses e semideuses — personagens que nunca cruzaram com pessoas reais nas ruas e praças reais da vida —, importa olhar estas duas passagens, de dois dos que presenciaram a cena da transfiguração: “Mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade [...] quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (2 Pe 1.16-17); e “O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida” (1 Jo 1.1).

Aquece-nos o coração saber que não cremos numa figura mítica, mas em alguém de carne e osso, a um tempo inteiramente Deus e inteiramente homem, a cujo respeito falou João: “Sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-lo como Ele é” (1 Jo 3.2).

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