segunda-feira, 18 de abril de 2011

Volte para Casa!


Volte para casa…
“Este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” (Lc 15.17.)
O rapaz se revoltou contra tudo e contra todos, tomou posse de seus bens e saiu de casa. Foi um dia decisivo para ele. Para trás ficaram o pai, o irmão metido a moralista, o confinamento em que havia vivido até então, as velharias, a monotonia daquele ermo e a moral arcaica, enjoada e ultrapassada do lar. Liberdade significa viver à vontade, sem pressão e oposição, sem tabus e prevenções.
As primeiras experiências foram emocionantes. Longe de casa, tudo novo, dinheiro, amigos, livre para o que desse e viesse, prazeres, ausência de recalques. Mas, que coisa estranha, tudo acabou de repente: a satisfação, os colegas, a novidade. E o rapaz logo percebeu que não era livre, não tinha acertado o alvo, havia naufragado, descera o plano inclinado e não sabia parar, iniciara o círculo vicioso do gozo carnal; tornara-se escravo de um déspota terrível que se chama carne. Que fazer? Continuar no redemoinho? Pôr fim à vida? Recuperar-se do desastre?
O rapaz era de uma inteligência fora do comum e resolveu voltar para casa. Diria honestamente ao pai: “Pequei contra o céu e diante de ti, já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores”. Não seria fácil subir a ladeira do arrependimento, do retrocesso, da humildade, mas valeria a pena qualquer esforço para voltar à posição anterior, especialmente depois da experiência amarga.
O pai o recebeu gostoso. Deu uma festa, com comes e bebes e música. O rapaz subiu todos os degraus da escada da recuperação. Lá em cima era muito melhor. Havia paz de espírito, naturalidade, amor, comunhão. Era preferível ser escravo de coisas superiores, de princípios sadios e certos a servir à carne nas suas paixões e concupiscências.
Fonte:www.ultimato.com.br

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