segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O evangelho, a Igreja e um país.




“Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR.” Salmo 33.12

O que uma igreja pode fazer por um país?

Qual a utilidade do evangelho de Jesus Cristo para uma nação?

Estamos em plena campanha política e a religião tem sido o assunto do momento. Políticos que trabalharam há anos em seus gabinetes contra a fé cristã e a igreja evangélica agora estão diante das câmeras e nos bastidores tentando provar que nunca fizeram isso ou aquilo. É o jogo da demagogia em sua reta final. Até padres estão dizendo que os pastores estão certos! Alguns que sempre se calaram começam a balbuciar suas primeiras palavras de posicionamento político. É maravilhoso ver esta preocupação com o voto evangélico, porque somos milhões e se nos mobilizarmos poderemos transformar esta nação. Não precisamos formar um “partido” é só nos entregarmos inteiramente à verdade e a ética de Jesus Cristo, e votar assim!

No livro 1822, Laurentino Gomes, cita o discurso do deputado Domingos da Conceição, em 2 de setembro de 1822, que reclamava do analfabetismo no Brasil dos 70.000 habitantes da província do deputado, todos eram analfabetos! Em comparação, nos Estados Unidos a situação era bem diferente. “A cultura protestante havia criado uma colônia alfabetizada, empreendedora, habituada a participar das decisões comunitárias e a se manter bem-informada sobre as novidades que chegavam da Europa. Em 1776, o padrão de vida nos Estados Unidos já era superior ao da sua própria metrópole, a Inglaterra. A circulação de jornais chegava a três milhões de exemplares por ano, marca que o Brasil só atingiria dois séculos mais tarde. Como a prática religiosa incluía ler a Bíblia em casa e nos cultos dominicais, até os escravos eram alfabetizados. O índice de analfabetismo aproximava-se de zero. Havia nove universidades, incluindo a prestigiada Harvard, criada em 1686.”

Quando um autor famoso, no Brasil, escreve sobre a importância histórica da fé evangélica na formação dos Estados Unidos e compara com a nossa, então é tempo de anunciar com mais firmeza ainda, que nós temos algo muito precioso para nossa nação. Temos exemplos históricos e sócio-econômicos da mudança que a mensagem de Jesus Cristo pode trazer a um país. Nossa ideologia é de Cristo, não foi algo construído por homens em uma sala de reuniões. Nossa ética é superior a qualquer outra proposta, porque ela não nasceu de homens corrompidos pelo pecado, mas nasceu no coração do Deus que é santo.

Sim, eu creio que o Brasil pode ser transformado pelo evangelho de Jesus Cristo! E creio que as Igrejas devem conscientizar seus membros a votarem pela ética, pela transparência e verdade. Creio que não precisamos indicar candidatos, basta incentivar a oração e a informação e o povo saberá em quem votar.

Rev. Leonardo Sahium

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Curso Básico de Visitador hospitalar

INDICE

1) Visão geral da Capelania Hospitalar.................................03

2) O hospital.................................................................................05

3) Parte do Filme “Filadélfia”

4) O PACIENTE, SEUS SENTIMENTOS E SUAS NECESSIDADES.....................08

5) Parte do Filme “Menina de Ouro”

6) O VISITADOR, SUA FUNÇÃO E SUAS ATIVIDADES......................................10

7) APRENDENDO A OUVIR.............................................................................12

8) A VISITA, SUAS REGRAS E SUA PRÁTICA.................................................14

9) A prática da Visitação hospitalar...................................................15


VISÃO GERAL DA CAPELANIA HOSPITALAR

1. Capelania hospitalar: Um projeto do coração de Deus – “estive enfermo e me visitaste”.

Portanto, visitar e confortar são:

Empatizar com os que sofrem, Levar uma palavra de esperança aos desesperados, Dizer que vale a pena viver apesar das dificuldades existentes na vida.
Amar a Deus e ao próximo. Levar alguém a ter alegria de aceitar o que é e, se conformar, com o que tem. Fazer uma vida feliz e ser feliz também. Compartilhar o amor, a paz e realização que Deus nos dá. Excluir da nossa vida as palavras: Derrota e Desesperança.

Ninguém é poupado da doença. E a saúde tampouco é a única razão da felicidade. Uma pessoa que aprendeu a conviver com a sua enfermidade, pode ser uma pessoa muito feliz e uma fonte de alegria para aqueles que cruzam o seu caminho. Na Bíblia, a doença faz parte da vida. Ela sinaliza para os nossos limites, para a nossa transitoriedade, para a nossa natureza humana.

Quando o Senhor Jesus aqui viveu o seu ministério era total (corpo, alma e espírito) não podemos deixar de seguir seus passos. Hoje, a ciência médica reconhecer que a paz espiritual do paciente, pode contribuir muito para sua recuperação física.


2. A Necessidade.

Resultado de um questionário entre os pacientes:

2.1.Quando ficou doente, pensou: 9% médico

2.2.Quando se viu internado sentiu:

· Mais necessidade de orar - 80%

· Menos necessidade de orar – 9%

· Ficou indiferente – 11%

2.3.Durante sua doença:

· Sentiu necessidade de assistência espiritual – 70%

· Não sentiu necessidade – 19%

· Ficou indiferente – 11%

3. A capelania é necessária?

Enfermidade

· Momento de fragilidade

· Revisão de vida

· Reconhecimento do vazio existencial

· Busca de Deus

4. Benefícios do Hospital

· Maior humanização

· Atendimento integral do paciente

· Envolvimento da sociedade em suprir as necessidades do hospital

· Melhor aceitação do paciente ao tratamento

· Triagem e preparo de visitadores

· Controle de visitadores religiosos

Testemunho de uma paciente

“O médico disse que preciso receber outra seção de eletrochoque. Não vai adiantar nada. Tomei muitas aplicações, fiquei meses internada, saí daqui em dezembro e voltei em abril. O ECT sozinho não pode resolver o meu problema, pois ele não é capaz de curar a minha alma” - Laura.

Conclusão:

A lição de Doralice - Dr. Salomão Chaib


O HOSPITAL

1. Definição

· Latim – Hospitu. Local onde se hospedam pessoas. Estabelecimentos formados pelo clero a partir do século IV d.C. cuja finalidade era prover cuidados a doentes e oferecer a viajantes peregrinos (hospedarias).

· Estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência sanitária em regime de internação a uma determinada clientela, ou não-internação, no caso de ambulatório e outros serviços. (Ministério da saúde)

2. Classificação e tipos.

· Geral - Clínica médica, Clínica cirúrgica, gineco-obstetrícia, pediatria.

· Especializado

· Porte – Pequeno, médio, grande e especial

3. Principais unidades

· Ambulatório – Várias salas (consultas – melhor estado geral)

· Unidade de urgência e emergência (Voluntário – menor interação)

· Internação - enfermaria, apartamento, berçário, UTI - (maior número de voluntários)

· Hospital Dia – Receber medicação (AIDS, etc.)

· Atendimento domiciliar

· Apoio diagnóstico e terapêutico

4. Principais profissionais.

· Enfermagem, médico, serviço social, nutrição, saúde mental, reabilitação, administrativo, apoio logístico.

5. Respeito às regras.

· Stress, sofrimento, morte, silêncio

6. Respeito às crenças do paciente

· Ambiente de paz e serenidade

· Paciência e equilíbrio

7. O paciente – Pergunte o que ele quer (ouvir)

8. Dicas

· Simpatia e tranqüilidade

· Respeito às regras, horário, isolamentos, biossegurança, lavagem das mãos, etc.

· Paciente é o objetivo.

9. HOSPITAL GERAL DE GOIÂNIA DR. ALBERTO RASSI

O HGG caracteriza-se pelo atendimento de nível terciário e quaternário em áreas específicas de diagnóstica e terapêutica nos níveis ambulatorial e hospitalar, garantindo assistência individual e em grupo.

Especialidades médicas: Angiologia, cardiologia, cirurgia do aparelho digestivo, cirurgia bariátrica, cirurgia da cabeça e pescoço, cirurgia cardíaca, cirurgia geral, cirurgia plástica, cirurgia torácica, cirurgia vascular, coloproctologia, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, geriatria, hematologia, medicina intensivista, neurocirurgia, nefrologia, neurologia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologista, pneumologia, psiquiatria, reumatologia e urologia, dentro dos níveis de atenção terciária e quaternária, com grande poder de resolutividade e suporte de atendimento de alto custo.

Outras especialidades de nível superior: biblioteconomia, biomedicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, odontologia, psicologia, serviço social e bioquímica.

Programas de saúde: Estão em desenvolvimento no HGG os programas de Alzheimer, odontologia para pacientes especiais, Pé diabético, prevenção e controle da obesidade, qualidade/humanização e dermatologia.

Comissões: o funcionamento das comissões foi reativado em 2008. Hoje estão em plena atividade os seguintes grupos: comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH), comissão de ética médica (CEM), comissão de residência médica (COREME), comissão de revisão de prontuários (CRP), comissão de ética em pesquisa humana e animal (CEPHA), comissão de verificação de óbitos (CVO), comissão de assistência espiritual (CAE), comissão intra-hospitalar de hemoterapia e hematologia e comissão de nutrição enteral e parenteral.

Missão: “Garantir assistência multiprofissional especializada aos usuários do SUS no Estado de Goiás, contribuindo para o desenvolvimento científico na área de saúde”.

Valores: Honestidade e integridade ética, excelência, compromisso com a clientela, atenção aos colaboradores, participação, eficiência, consciência ecológica, qualidade de vida e responsabilidade.

Visão: “Ser um centro de excelência nacional em assistência especializada, ensino e pesquisa”.

Perfil: “Hospital de assistência, ensino e pesquisa, especializado em média e alta complexidade, com foco eletivo, ofertando serviços terciários regulados pelo SUS e de referência para a região metropolitana de Goiânia e todo Estado”.

A importância do HGG como unidade hospitalar é indicada pela quantidade de procedimentos realizados no hospital. Em 2008, por exemplo, foram feitas 3.941 cirurgias de diversas especialidades, 160.327 consultas médicas e 50.836 exames clínicos, radiológicos e de imagem.

Após receber o atendimento primário na unidade básica de origem (Cais, Centros de Saúde, Ciams, hospitais municipais e regionais) se constatada a necessidade de assistência especializada e de maior complexidade, tem se pedido encaminhado para a Central de regulação de vagas da Secretaria Municipal de Saúde que é responsável pela verificação da disponibilidade e pelo encaminhamento do usuário HGG.

Anotações:

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


O PACIENTE, SEUS SENTIMENTOS E SUAS NECESSIDADES.

No íntimo de nossa mente, nosso corpo é imortal. A doença quebra uma linha de continuidade da vida, das funções desempenhadas no dia a dia, de certa previsibilidade que guardava sobre o amanhã. O impacto da doença nos imobiliza. É um tempo de suspensão; é difícil ligá-lo à vida passada ou conectá-la ao futuro.

Os doentes, especialmente os hospitalizados, experimentam sete categorias de tensão psicológica segundo O Dr. James Strain[1]:

1. Tensão da ameaça à nossa Integridade:

· Os enfermos são submetidos a uma série de experiências onde eles não têm controle sobre as circunstâncias.

· O paciente tem que obedecer um médico, ouvir uma enfermeira, se submeter à estrutura de um hospital ou agenda estabelecida pelo tratamento médico, aceitar ordens para dormir, receber orientações para tomar medicamentos, ser instruído sobre o que deve ou não deve comer, etc. Um enfermo volta a ser uma "criança" e isto não é fácil.

2. Tensão do Medo de Estranhos:

· Os pacientes têm medo de que suas vidas e seus corpos tenham que ser colocados nas mãos de estranhos com quem talvez não tenham qualquer laço pessoal.

3. Tensão da Ansiedade pela Separação:

· A enfermidade nos separa: amigos, lar, rotina costumeira, trabalho. Durante a internação no hospital ficamos separados das pessoas e das coisas que nos são familiares, no momento em que mais precisamos delas.

4. Tensão do Medo de Perder a Aceitação:

· A doença e os ferimentos podem deixar as pessoas fisicamente deformadas, obrigando a moderar suas atividades e tornar dependentes de outros. Tudo isto pode ameaçar a sua auto-estima e levar a temer que devido a essas mudanças as pessoas não irão mais amá-los ou respeitá-los.

5. Tensão do Medo de Perder o Controle:

· Perder o controle de força física, agilidade mental, controle dos intestinos e bexiga, controle dos membros da fala, ou a capacidade de dominar as suas emoções é uma ameaça para os pacientes. E estas ameaças se tornam maiores quando o pacientes está exposto em um leito de hospital.

6. Tensão do Medo de expor ou perder partes do Corpo:

· As pessoas doentes precisam expor as partes do corpo que doem e submeter-se ao exame visitual e toque por parte da pessoa do médico. Isto pode ser embaraçoso e por vezes ameaçador, especialmente quando se torna aparente que uma parte de nosso corpo este doente, tem que ser operada ou mesmo removida.

7. Tensão da Culpa e Medo do Castigo:

· A doença ou acidentes levam muitas vezes a pessoa a pensar que seu sofrimento possa ser um castigo por pecados ou faltas cometidas no passado. Como vimos esta era a opinião dos amigos de Jó e tem sido aceita por milhares de pessoa deste então. Deitados na cama e se perguntando “Por quê?” essas pessoas podem se deixar vencer pela culpa, especialmente se não houver restabelecimento.

Apesar de essas tensões serem comuns aos enfermos, temos que saber que existem diferenças no modo das pessoas reagirem. Algumas sentem ainda outras emoções: Deprimidas com a doença. Desanimadas com o tratamento. Frustradas com a vida. Iradas com médicos e com Deus. Culpadas por não cuidarem da saúde.
Confusas com o prognóstico.

A maneira de vivenciar a doença é pessoal: personalidade, capacidade de tolerar frustrações, sua relação com as pessoas e seu projeto de vida.

Pacientes aderentes: motivados para o tratamento, seguem recomendações médicas e se adaptam.

Pacientes não-aderentes: dificuldade em aceitar as limitações, família pode considerá-lo peso.

Sentimento de esperança: A Dor Física, as emoções do paciente, e as reações da família, nos dão a impressão de um quadro sombrio da enfermidade. Mas em todas as fases da enfermidade, o paciente passa pelo sentimento de esperança. O ditado popular “a esperança é a última que morre”, é real no momento na doença, e quando o paciente deixa de manifestar esperança, trata-se geralmente de um sinal que a morte se aproxima. Mesmo pessoas gravemente enfermas, que têm uma idéia real sobre a sua condição, descobrem que a esperança as sustenta e encoraja especialmente em momentos difíceis.

Pesquisas médicas verificaram que os pacientes sentem-se melhor quando há pelo menos um raio de esperança. Isto não significa que devamos mentir sobre a condição do paciente. Mas, a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross em seu livro, Sobre a Morte e o Morrer, escreve que “partilhamos com eles a esperança de que algo imprevisto pode acontecer que podem ter uma melhora, vindo a viver mais do que o esperado”.
O cristão tem ainda mais esperança no conhecimento de que o Deus cheio de amor, o soberano do universo, se interesse por ele tanto agora como na eternidade. Por isso, a grande missão do visitador é levar consolo e esperança aos pacientes, e o visitador cristão tem como recuperar a esperança daqueles que passa por tantas dores e sentimentos variados.





O VISITADOR, SUA FUNÇÃO E SUAS ATIVIDADES.


Assuntos que devem ser avaliados com respeito ao trabalho com os enfermos:

* O hospital é uma instituição que busca uma cura física. Temos que respeitar o ambiente, a estrutura hospitalar e trabalhar dentro das normas estabelecidas. A Constituição Brasileira nos dá direitos de atender os doentes, porém não é um direito absoluto. Devemos fazer nosso trabalho numa forma que não atinja os direitos dos outros.

* Como é que você encara uma doença ou o sofrimento humano? Tem que avaliar suas atitudes, seus medos, suas ansiedades, etc. Nem todos podem entrar numa enfermaria ou visitar um doente no lar, porque não é fácil lidar com situações que envolvem o sofrimento humano.

* Quando visitamos os enfermos devemos estar atentos aos sentimentos e preocupações deles. Nossa agenda precisa priorizar os assuntos que eles desejam abordar.

* Como crente em Jesus temos algo que todos desejam: esperança. Deve expressar esta esperança de maneira realística e com integridade. Tenha cuidado com promessas feitas em nome de Deus. Podemos levar palavras seguras, mas devemos evitar a criação de uma esperança falsa.

* Observar e respeitar as visitas de outros grupos. Faça seu ministério sem competir ou entrar em conflitos. Seja uma boa testemunha.

1. Como criar seu espaço de trabalho:

* Entender seu propósito

* Ganhar seu direito

* Trabalhar com equipe médica


2. Deve:

* Identificar-se apropriadamente.

* Reconhecer que o doente pode apresentar muita dor, ansiedade, culpa, frustrações, desespero, ou problemas emocionais. Seja preparado para enfrentar estas circunstâncias.
* Usar os recursos da vida Cristã que são: oração, Bíblia; palavras de apoio, esperança, e encorajamento; e a comunhão da igreja. Se orar, seja breve e objetivo. É melhor sugerir que a oração seja feita. Uma oração deve depender da liderança do Espírito Santo, levando em consideração as circunstâncias do momento, as condições do paciente, o nível espiritual do paciente, as pessoas presentes, e as necessidades citadas.

* Dar liberdade para o paciente falar. Ele tem suas necessidades que devem tornar-se as prioridades para sua visita.

* Demonstrar amor, carinho, segurança, confiança, conforto, esperança, bondade, e interesse na pessoa.

* Ficar numa posição onde o paciente possa lhe olhar bem. Isto vai facilitar o diálogo.
* Dar prioridade ao tratamento médico e também respeitar o horário das refeições.
* Saber que os efeitos da dor ou dos remédios podem alterar o comportamento ou a receptividade do paciente a qualquer momento.

* Tomar as precauções para evitar contato com uma doença contagiosa, sem ofender ou distanciar-se do paciente.

* Avaliar cada visita para melhorar sua atuação.

3. Não deve:

* Visitar se você estiver doente.

* Falar de suas doenças ou suas experiências hospitalares. Você não é o paciente.

* Criticar ou questionar o hospital, tratamento médico e o diagnóstico.

* Sentar-se no leito do paciente ou buscar apoio de alguma forma no leito.

* Entrar numa enfermaria sem bater na porta.

* Prometer que Deus vai curar alguém. Às vezes Deus usa a continuação da doença para outros fins.

* Falar num tom alto ou cochichar. Fale num tom normal para não chamar atenção para si mesmo.

* Espalhar detalhes ou informação íntima do paciente.

* Tomar decisões para a família ou o paciente.

* Forçar o paciente falar ou se sentir alegre, e nem desanime o paciente. Seja natural no falar e agir. Deixe o paciente a vontade.

Numa visita hospitalar ou numa visitação em casa para atender um doente, sempre observamos vários níveis de comportamento. Cada visita precisa ser norteada pelas circunstâncias, os nossos objetivos ou alvos, e as necessidades da pessoa doente.


APRENDENDO A OUVIR

“Escutem com atenção as minhas palavras; seja esse o consolo que vocês haverão de dar-me. Suportem-me enquanto eu estiver falando; depois que eu falar poderão zombar de mim”. Jó 21:2, 3

1. Dificuldade para escutar?

· Diferença entre ouvir e escutar:

# Ouvir – Apenas uma atividade biológica que não exige maiores esforços do nosso cérebro.

# Escutar - Pressupõe um trabalho intelectual, pois após ter ouvido, preciso interpretar, avaliar e reagir à mensagem.

2. As palavras e o pensamento

· O pensamento trabalha a uma velocidade 4 vezes mais rápido do que as palavras transmitidas oralmente.

· Ele vai precisar de 1 minuto inteiro para expressar o que podemos compreender em 15 segundos. Temos 45 segundos para nos envolver com divagações alheias ao que está sendo comunicado.

· Consequência: entediados, deixamos de ouvir o que estão falando.

3. Nossos ouvidos são interesseiros

· Possuímos uma audição seletiva. Prestamos atenção nas informações que favorecem a nossa causa e os nossos interesses, e nos afastamos das mensagens que julgamos desfavoráveis aos nossos anseios.

· Quanto mais experientes nos tornamos mais seletiva passa a ser a nossa audição.

· Quando alguém começa a falar, logo nas primeiras palavras, deduzimos o que ela irá dizer e nos recolhemos em nossos pensamentos, sem prestar atenção na mensagem.

4. Audição Seletiva

Quando ouvimos uma mensagem, ou até mesmo uma palavra que contraria a nossa forma de pensar, independentemente das intenções da pessoa que está falando, iniciamos um processo defensivo onde passamos, mentalmente, a debater as idéias contrárias, criticando as informações já transmitidas e procurando antecipar e resistir às novas mensagens. Esse prejulgamento pode levar a uma interpretação distorcida da informação.

5. O ambiente pode nos distrair

Todos os elementos e fatos que estão à nossa volta podem interferir na concentração:

· O ranger das cadeiras

· A temperatura

· Uma pessoa tossindo

· As máquinas e equipamentos que fazem barulho

· Respiração um pouco mais ofegante de quem está ao nosso lado

6. Quanto tempo passamos ouvindo?

· 17% lendo

· 16% falando

· 14 % escrevendo

· 53% ouvindo

7. Aprenda a escutar

· Refreie a tendência de interpretar ou criticar uma mensagem

· Procure lembrar quais as informações que ouviu e quanto da mensagem conseguiu guardar

· Faça anotações dos tópicos que julgar mais importantes em palestras, aulas e reuniões

· Saia um pouco de si mesmo. As pessoas necessitam ser reconhecidas e consideradas: Procure aceitar as pessoas como elas são e não como você gostaria que fossem. Reconheça que existe a possibilidade de estar enganado em algumas opiniões e dê um voto de confiança para a maneira de pensar dos outros. Ricardo Polito.

“Busquei ao Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores.” (Salmo 34.4)

“Na minha angústia clamei ao Senhor e o Senhor me respondeu, dando-me ampla liberdade. O Senhor está comigo, não temerei”. (Salmo 118:5,6)

Para ouvir o outro é preciso que eu crie um espaço dentro de mim para aceitar as palavras e os significados.

8. Passos para Escutar

· Amor

· Presença

· Demonstre interesse autêntico

· Refreie a tendência de interpretar

· Procure lembrar

· Faça anotações

· Saia um pouco de si mesmo

· Atente para a palavra-chave

· Linguagem não-verbal


A VISITA, SUAS REGRAS E SUA PRÁTICA



Dez maneiras de tornar agradável a visita ao Hospital.

Sugestões a serem consideradas ao visitar alguém no hospital.


1. A permanência no hospital pode ser uma experiência de isolamento e desumanização. A privacidade e a modéstia são considerações importantes que precisam ser respeitadas. Lembre-se de que durante toda a hospitalização, o quarto do paciente é o seu local de dormir. Este espaço deve ser tratado com o mesmo respeito que a sua casa. Não hesite em perguntar se não estiver certa do que é apropriado ou do que pode perturbar o paciente. Não sente na cama, a não ser que seja convidada a isso. Mesmo assim, tenha cuidado para não interferir com qualquer tratamento ou exigências de isolamento, Lembre-se de que uma infecção que você nem notou pode ser fatal ao paciente que tiver imunodeficiência.

2. Seja amável com a equipe do hospital e respeite as normas estabelecidas.

3. Faça com que a sua visita ajude o paciente de modo significativo para ele no momento. Peça sugestões se tiver dúvidas. A simples disposição de passar tempo com alguém hospitalizado é um dom precioso. A duração de sua visita deve ser apropriada à situação do paciente. Não demore demais. Várias visitas podem ser menos cansativas para alguém que está muito doente. As visitas mais demoradas ajudam a passar o tempo para os pacientes ativos confinados ao leito ou ao quarto numa hospitalização prolongada.

4. Pergunte ao paciente/família qual a melhor hora para uma visita. Você talvez possa fazer companhia a ele num horário em que os membros da família não tenham condições de fazê-lo. Desse modo estará ministrando tanto ao paciente como aos que cuidam dele.

5. Presença silenciosa e ouvir em silêncio são maneiras poderosas de apoiar alguém que está doente. Procure observar seus sinais de fadiga ou desconforto.

6. As atividades podem tornar-se diversões esplêndidas. Um piquenique na data de aniversário no saguão pode reanimar o doente. Quer seja uma ocasião particular compartilhada com a família ou um convite aberto para todo andar, certifique-se de informar a equipe do hospital sobre todos os preparativos. Planos cuidadosos talvez tenham de ser montados de acordo com o regime ou nível de energia do paciente. Um pouco de criatividade quase sempre ajuda muito a tornar a ocasião uma lembrança muito especial para todos os envolvidos.

7. Manter contato com a família e os amigos é importante para os hospitalizados. Quando, porém, você está doente e sofrendo, a menor tarefa é um sacrifício - por mais que deseje o contrário.

8. Se possível leve o paciente para uma visita fora do hospital. Sol e ar fresco podem ser terapêuticos. Isso ajudará os doentes a longo tempo a manterem contato com a natureza e o mundo fora do hospital.

9. Empenhe-se para que o paciente receba o jornal diariamente. Se necessário, leia-o para ele todos os dias. Tome cuidado para anotar itens que possam ser de particular interesse do paciente ou algo que ele queira acompanhar. Tome tempo para discutir pontos de interesse do paciente. Você está dando a ele uma oportunidade de interagir com o mundo fora de sua cama do hospital. Estão também reforçando a sua individualidade e propósitos, coisas que se perdem facilmente durante uma hospitalização prolongada.

10. Ajude alguém do hospital nos de eleição. Cédulas para confirmar a ausência podem ser obtidas na cidade de origem do paciente.

Normas práticas para a Visitação Hospitalar.

1. Não entre em qualquer quarto ou apartamento sem antes bater na porta.

2. Verifique se há qualquer sinal expresso de: "proibido visitas"

3. Respeite sempre o horário pré-estabelecido para sua atuação.

4. Observe se à luz está acesa e a porta do quarto está fechada. Em caso de positivo, espere que o doente seja atendido pela enfermeira ou médico, antes de você entrar.

5. Tome cuidado com qualquer aparelhagem em volta da cama. Evite esbarrar na cama ou sentar-se nela.

6. Avalie a situação logo ao entrar, a fim de poder agir objetivamente quanto ao tipo e duração da visita. (Se o paciente está disposto, indisposto).

7. Procure se colocar numa posição ao nível visual do paciente, para que ele possa conversar com você sem se esforçar. Em quartos onde há mais enfermos, cumprimente os outros, mas se concentre naquele com quem você deseja conversar.

8. Fale num tom de voz normal. Não cochiche com outras pessoas no quarto. Também não é conveniente gritar na hora da oração.

9. Se a pessoa ainda não o conhece, apresente-se com clareza.

10. Deixe com o doente a iniciativa do aperto de mão e faça-o com clareza.

11. Dê prioridade ao atendimento dos médicos e enfermeiras, assim como no horário das refeições, saia do quarto.

12. Ao contemplar alguém sofrendo, lembre-se de que as reações emocionais negativas podem ser detectadas pelo doente e seus familiares. Sem afetações, procure descobrir o que seu tom de voz e sua expressão facial e seus gestos estão comunicando.

13. Concentre-se em atender às necessidades daquela pessoa diante de você. Não adianta falar do outro nem de si mesmo.

14. Não queira forçar o doente a se sentir alegre, nem o desanime. Aja com naturalidade, pois se você se sentir à vontade ele terá maior probabilidade de ficar à vontade.

15. Não dê a impressão de estar com pressa, nem se demore até cansar o doente. Encontre a duração exata para cada situação.

16. Não tente movimentar um doente, na cama ou fora dela. Chame a enfermeira se ele o desejar.

17. Fique sabendo que os efeitos da dor e dos remédios podem alterar o comportamento ou a receptividade do paciente de um momento para outro.

18. Se você mesmo está doente, não faça visitas.

19. Utilize os recursos da religião sem constrangimentos, mas com inteligência. Não fira a sensibilidade de um ateu, agnóstico ou comungante de outra religião.



[1] Psychological Care of the Medically III