Desordem

Está em todos os jornais, telejornais, internet, e-mails, programas de rádio, conversas dos grandes líderes mundiais, pauta de reuniões da ONU, congresso de ONG´s, Congresso Nacional, reuniões de oração, pregações, conversas de intelectuais e nas mesas dos restaurantes. Em todo lugar não se fala em outra coisa. O mundo está em crise, a natureza resolveu mostrar sua força. Terremotos, enchentes, secas, fome, miséria, deslizamentos e tsunames. Tudo ao mesmo tempo, ou em um curto período de tempo. O gelo derrete nos Pólos, as praias estão poluídas e animais estão sendo extintos. O homem conseguiu! Lutou e trabalhou anos a fio para destruir, desmatar, poluir e extinguir. Outro feito humano, foi a destruição da “credibilidade”! O homem fez com que boa parte da humanidade acreditasse nos ideais políticos e criou sistemas de governo que lutaram décadas entre si. Um desapareceu na U.R.S.S., o outro (E.U.A) sucumbiu ao mercado mundial, um caso clássico do criador engolido pela criatura!
Se existe uma verdade universal hoje é que o mundo está em desordem. Da natureza à economia, desembocando na família, tudo está conturbado. Como o alpinista que vê a avalanche se aproximar e desesperado desce a montanha com uma nuvem enorme de neve atrás dele querendo engolir tudo e todos, assim nos sentimos quando vemos tantas notícias tenebrosas, variações sobre o mesmo tema. Vem então a pergunta que não quer calar: como está o seu mundo interior?
Jesus Cristo em meio à turba que desejava crucificá-lo, na iminência de sua morte horrenda através de um ato bárbaro de intolerância religiosa e ambição política, manteve sua alma em paz. Na cena paradoxal do tumulto, parece-nos possível perceber o rosto tranqüilo de Jesus Cristo, algo que se lê onde não existem palavras impressas, nas entrelinhas.
No meio desta desordem mundial a voz de Jesus Cristo soa baixinho, mas poderosa dentro de cada alma cristã: “deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27).
A paz interior só é possível quando estamos em comunhão com Cristo através da oração, leitura da Bíblia e comunhão com a igreja. Fora disso, qualquer proposta de paz está cheia de uma complexidade frustrante que foge a simplicidade do evangelho libertador de Jesus.
A boa nova é que podemos compartilhar desta paz. Podemos ensinar o mundo o caminho para Cristo. Nosso chamado e vocação está longe da alienação dos mosteiros. Cristo nos enviou ao mundo, para a rua, restaurantes, escolas, igrejas, shoppings e família. Levemos a todos os lugares e pessoas a mensagem da paz interior que só Cristo pode dar, e assim seremos sal e luz para a glória de Deus.
Que Deus nos abençoe!
Rev. Leonardo Sahium