terça-feira, 3 de novembro de 2009

Encontrar a Deus.


“Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim,
por ti, ó Deus, suspira a minha alma.” Salmo 42.1

A superficialidade da relação proposta entre Deus e os homens pela maioria do discurso religioso contemporâneo é uma afronta a Deus, à natureza criada e ao ser humano. Observa-se com muita tristeza uma população mundial sedenta pela verdadeira água da vida. Neste deserto existencial, homens, mulheres e crianças vagueiam a procura de um oásis para descansar seus corpos e almas. A sombra sonhada, a água que mata a sede e refresca o corpo é dia a dia uma miragem que pode ser vista pela tela da televisão ou do computador.
A. W Tozer comenta: “se desejamos encontrar a Deus em meio a todas as exteriorizações religiosas, primeiramente temos que resolver buscá-lo, e daí por diante prosseguir no caminho da simplicidade. Agora, como sempre o fez, Deus revela-se aos pequeninos, e oculta-se daqueles que são sábios e prudentes aos seus próprios olhos. É mister que simplifiquemos nossa maneira de nos aproximar dele. Urge que fiquemos tão somente com o que é essencial (e felizmente, bem poucas coisas são essenciais). Devemos deixar de lado todo esforço para impressioná-lo, e ir a Deus com a singeleza de coração da criança. Se agirmos dessa forma, Deus nos responderá sem demora.”
É preciso reconhecer que existe uma sede que não está sendo dessedentada e esta sede se manifesta no abraço que não foi compartilhado, no telefonema que não foi dado, na carta que não foi escrita, no e-mail que não foi respondido no telefonema esquecido e no amor apagado. O fim desta equação é a solidão. A humanidade está só! Muitas são as pessoas que correm atrás de um sonho, como um oásis, e ao chegar lá descobrem que depois de saciada a sede, descansado o corpo na sombra da única árvore não havia ninguém em volta. A sede volta o corpo se cansa e a solidão persiste.
Qualquer espiritualidade sem Jesus Cristo é um oásis falso, uma miragem racional ou emocional. A sede do salmista é sede da presença de Deus. Aprendemos com ele que não basta ter sede é preciso saber que tipo de sede temos. A sequidão que mata é a sequidão da alma.
“Como é maravilhoso enxergar a ligação entre a humildade e a simplicidade! Jesus “humilhou-se a si mesmo e foi obediente”. Existe um caminho para a humildade, e isso se dá pela santa obediência. A alma controlada por Deus conhece um único propósito, uma só meta, um único desejo. Deus não é uma figura em nosso campo de visão, ora desfocada, ora bem nítida: ele é a nossa visão. Temos o “olho simples”, e todo o nosso corpo está cheio de luz” (Foster).
Que nosso encontro com Deus e nossa fé em Jesus Cristo, que matou nossa sede espiritual, nos faça simples e profundos. Que nossa alegria da salvação seja um testemunho para outros da grande verdade do evangelho.
Que Deus nos abençoe!
rev. Leonardo Sahium

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