quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

2012 vem aí!

"As coisas que ficam para trás..."



“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Filipenses 3.13


        Há memórias que são pra lá de inesquecíveis. Normalmente elas estão associadas a uma emoção muito forte e podem nos trazer tanto uma sensação boa como ruim, afinal, “inesquecível” não é necessariamente algo positivo. Essas lembranças costumam ser frases, gestos ou algo que presenciamos que marcaram para sempre nossa existência.

         As boas memórias podem e precisam ser cultivadas. “Recordar é viver” é uma verdade que, quando boa, se torna uma experiência maravilhosa na alma da gente. Mas como é atormentador conviver com certos fantasmas do passado. Com essas lembranças, costumamos dizer “não quero nem lembrar disso” tal é a nossa vontade de nos livrar de certas realidades que, gostemos ou não, aconteceram com a gente.

        Imagino Paulo, um homem de Deus, tendo que conviver com certos fantasmas. Alguém que foi tão impactado pelo poder de Deus tornando-se um pregador do evangelho, tinha também de conviver com o fato de que um dia já perseguiu cristãos. Será que isso não pesava em sua consciência? Se volta e meia somos atormentados com pecados antigos, com Paulo não seria diferente. O diabo, acusador de nossas almas, certamente tentou mexer com o seu ânimo para que, dominado pela culpa, não anunciasse mais o nome de Jesus.

        No versículo acima, o próprio Paulo nos diz como ele conseguia prosseguir mesmo em meio a algumas crises. Para isso ele usa dois verbos que precisam ser exercitados por nós: esquecer e avançar.

        Se Paulo não se esquecesse estaria sempre tentando reparar seus erros do passado. Em cada ato ele não teria a liberdade pra fazer o que quisesse, mas estaria dominado pelos seus sentimentos antigos. Importante lembrar que o Apóstolo não esqueceu sem nenhum motivo. O esquecimento é possível porque ele foi perdoado pelo sangue do cordeiro. E quando somos lavados “...nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” Romanos 8.1. Se cremos nessa verdade, esquecemos!

        Mas o nosso perdão não deve nos deixar apenas com a sensação de estarmos quites, num 0x0 celestial nas contas com Deus! Paulo nos diz que essa liberdade o fazia prosseguir. Sua nova condição de servo de Deus o motivava a fazer algo para Ele e creio que mesmo com algumas pontadas de culpa, ele sabia que nada deveria congelá-lo no passado. Paulo avançava!

        Conosco a situação não é diferente. Mesmo com lembranças ruins, avance esquecendo, ou esqueça avançando se não você nunca vai sair do seu lugar! Mas lembre-se que isso é um exercício. Não estou propondo mágica, mas uma luta diária para que a gente “ande pra frente”. Que Deus nos abençoe.

        Que Deus nos abençoe!
Autor : Rev. Felipe Telles Ferreira

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