segunda-feira, 6 de julho de 2009

Lidando com a crítica




Um dos passatempos que mais gostava e admirava durante vário anos era cuidar de um aquário de água salgada que ele possuía. Ele curtia cuidar dos peixes, da lagosta, do cavalo marinho, e dos camarões. Ele ficava observando o seu aquário por algum tempo e isso lhe trazia uma sensação de conforto e tranqüilidade.

Um dia, após voltar de uma viagem de férias, deparei-me com uma cena catastrófica. Embora tivesse tomado todos os cuidados necessários, uma oscilação de energia havia provocado a queima o equipamento que mantinha a temperatura da água em condições ideais, e os peixes e toda a vida marinha ali existente havia se perdido.

Pode parecer simples, mas tive muita dificuldade de aceitar aquela realidade: situações negativas são sempre possibilidades na vida. Viver em sociedade é como viver em um “aquário”. Estamos sempre expostos àqueles com quem vivemos, convivemos ou nos relacionamos. Esta exposição por sua vez nos faz experimentar uma realidade: a crítica!

Aristóteles chega a dizer que “A crítica é algo que você evita com facilidade. É só não falar nada, não fazer nada, e não ser nada”.

Tenho certeza de que você costuma enfrentar críticas em sua vida diária. Pode ser o seu chefe no trabalho, sempre insatisfeito com você. Às vezes são os pais reclamando de seus filhos: a roupa, o cabelo, o quarto, a atitude. Por outras vezes pode ser seu cônjuge, para quem você nunca faz o suficiente.

Isto nos expõe a uma constatação: nunca somos suficientemente bons.

Ouso fazer sugestões na expectativa de que elas nos ajudem a lidar com a crítica a que todos estamos expostos em nosso dia a dia:

Seja Realista – Saiba ouvir quando ela vale a pena.
Isto nos desafia a procurar uma busca de si mesmo, de forma clara e realista. O que acontece, normalmente, é que o que eu mais preciso ouvir é o que eu menos desejo escutar.

Salomão, o grande Rei de Israel diz: “Aquele que aceita a repreensão justa andará na companhia dos sábios. Quem rejeita conselhos prejudica a si mesmo (faz pouco caso de si mesmo), mas quem aceita a correção fica mais sábio”. (Provérbios 15.31 e 2)

Certas críticas são, de fato, úteis e importantes. Às vezes, são pessoas que realmente se importam conosco o suficiente para correr riscos em fazer uma crítica. A crítica que fazem é construtiva.

O problema é que, como alguém já disse: “A crítica construtiva é quando eu critico você, e a destrutiva é quando você me critica”. Fazer-se surdo as críticas pode levá-lo a perder uma ótima oportunidade de crescimento.

Analise a fonte da crítica. Quem o criticou?
“É especialmente útil compreender quem é seu crítico quando se trata de uma pessoa emocionalmente doente ou marcada. Isto é fato: pessoas magoadas magoam as pessoas. Elas costumam não gostar de si mesmas, por isso censuram as outras, num esforço mal orientado de legitimar suas atitudes”. (Graig Groeschel)

Por isso, se uma pessoa ferida ou adoecida lançar uma crítica em sua direção, exercite a compreensão. Ignore a crítica e ame aquele que o censura em meio à dor pela qual ele passa.

Não obstante, críticas dolorosas ou adversas, vindas de uma pessoa sábia são mais desejáveis do que a aprovação entusiasmada de todos. A origem faz a diferença.

Portanto, seja responsável. Quando a crítica procede, é legítima, é precisa, tenha a responsabilidade de agir, tomar uma atitude, mudar, crescer.

Seja maduro – Aceite-se como você é

“A coisa mais fácil de ser neste mundo é ser você mesmo. A coisa mais difícil de ser neste mundo é aquilo que os outros querem que você seja. Não permita que coloquem você nesta situação”. (Leo Buscaglia)

Você será a melhor pessoa que pode ser quando você for você mesmo.

Aceitar-se é um sinal de maturidade. Se você se preocupa excessivamente com que os outros pensam a seu respeito, é porque acredita mais na opinião deles do que na sua.

Ser o que você realmente é consiste no primeiro passo para se tornar ainda melhor. Essa consciência trará a você a disposição de se desenvolver e mudar.

O psicólogo Carl Rogers disse: “O paradoxo curioso é que, quando me aceito assim como sou, então posso mudar”.

A auto-rejeição constrói distorções e deformações no ser humano. Alguém já disse que o elogio e a crítica são janelas para o coração, ou seja, os elogios e as críticas que fazemos podem revelar muito a nosso respeito.

Elogiamos aquilo que mais valorizamos, assim como nossas críticas costumam revelar nossas maiores inseguranças.

Concluindo,

O que determina como vou reagir quando recebo uma crítica, sendo ela legítima ou não, é a minha atitude. Posso crescer a partir dela ou permitir que ela me faça sofrer.

Não se esqueça: “não dá para agradar a todos, mas é possível agradar a Deus”.

“Deus ajudará você a ser tudo quanto é capaz de ser, mas ele nunca permitirá que você seja bem-sucedido se tentar ser outra pessoa”. (Joyce Mayer) a que o Senhor projetou para você. Viva, portanto, a sua própria vida e não a dos outros”. (Débora Freire, psicóloga).

Deus o abençoe,

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