terça-feira, 9 de março de 2010
Congresso internacional de teologia, religião e igreja
Semana Passada aconteceu o Congresso Internacional de Teologia, realizado no Mackenzie e tendo como principal preletor Dr. Michael Horton, com mais de uma dezena de livros publicados em português. A freqüência às palestras de Dr. Horton e dos demais preletores superou a expectativa dos organizadores do evento. Diversas oficinas foram oferecidas durante as tardes, e as salas reservadas ficaram pequenas para a grande afluência de interessados. Na noite da abertura havia perto de 800 pessoas no auditório Ruy Barbosa. As palestras foram também transmitidas ao vivo pela internet. Juntamente com o fato de que a maioria do público participante era composta de pastores, professores e alunos de teologia, a transmissão ao vivo aumentou bastante o potencial multiplicador do Congresso.
Um stand de livros teológicos selecionados ofereceu obras até com 50% de desconto, de diversas publicadoras, com vendas recorde em eventos anteriores realizados no Mackenzie. Na última noite, tivemos o lançamento do último título do Dr. Horton no Brasil, Cristianismo sem Cristo.
Acho que a causa da grande procura pelo evento foi seu objetivo principal, de identificar, analisar e mostrar os prejuízos do antigo liberalismo teológico e das teologias modernas que ainda seguem em sua esteira no Brasil. As palestras principais do evento mostravam claramente esta tendência. Além daquelas de Dr. Horton mostrando as falácias do liberalismo e da neo-ortodoxia, tivemos outras como "O fim do método histórico-crítico", que tive o prazer de apresentar, e "Teologia e Academia: Os opostos se atraem?" por Dr. Hermisten Costa.
As oficinas também foram nesta direção, explorando as origens, falácias e perigos do liberalismo teológico, antigo e novo.
Uma oficina que chamou a atenção foi a de Franklin Ferreira, onde ele mostrou que o "Cristianismo positivo" professado por Hitler e seu partido nazista era resultado do liberalismo teológico dos séculos 19 e 20. O anti-semitismo, a rejeição do Antigo Testamento, a negação de Jesus como judeu e de Paulo como rabi, e tudo mais, encontra ressonância nas obras de liberais como Schleiermacher, Wellhausen, Harnack. Dr. Franklin usou entre outras fontes a obra recente lançada no Brasil, O santo reich, de Richard Steigmann-Gall, publicada pela Imago, onde essa associação entre o protestantismo liberal e o nazismo é claramente documentada. O prestigiado jornal americano Sunday Times endossou a tese do livro dizendo "… connects Nazism to liberal Protestantism in a convincing way" (... [o livro] conecta o Nazismo ao Protestantismo liberal de maneira convincente").
No geral, vejo o Congresso como parte do movimento crescente no Brasil em busca de uma teologia bíblica, que respeite as Escrituras como a infalível Palavra de Deus, que leve a sério seus ensinamentos como um todo, ao mesmo tempo em que rejeita cada vez mais o liberalismo teológico que, apesar da negação de muitos, continua sendo ensinado e disseminados nos seminários e escolas de teologia do Brasil.
Postado por Augustus Nicodemus Lopes
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