quinta-feira, 16 de junho de 2011

Fotos da Nova Fachada da IPF

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe, e faça resplandecer o seu rosto sobre nós,
para que sejam conhecidos na terra os teus caminhos, a tua salvação entre todas as nações.
Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te todos os povos.
Exultem e cantem de alegria as nações, pois governas os povos com justiça e guias as nações na terra.
Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te todos os povos.
Que a terra dê a sua colheita, e Deus, o nosso Deus, nos abençoe!
Que Deus nos abençoe, e o temam todos os confins da terra. Sl. 67




quarta-feira, 8 de junho de 2011

Transtornos Mentais Femininos



DEPRESSÃO ENTRE AS MULHERES
A Organização Mundial de Saúde apresenta estudos apontando que mais de quatrocentos e cinquenta milhões de pessoas sofrem algum tipo de doença mental no mundo hoje. No Brasil, 23 milhões de pessoas (12% da população) necessitam de algum atendimento em saúde mental. Cerca de 5 milhões de brasileiros sofrem de graves e persistentes transtornos mentais. E este número vem crescendo, em todas as classes e faixas etárias da população.
As doenças mais comuns e conhecidas são ansiedade, depressão, distimia (depressão branda crônica), síndrome de pânico e transtornos de ajustamento. Esquizofrenia e depressão bipolar são as doenças mais graves.
DEPRESSÃO FEMININA
As mulheres são mais vulneráveis a alguns tipos de transtornos mentais, destacando-se, a depressão. As mulheres são duas vezes mais propensas que os homens a sofrer de depressão, isso, independente da cultura e da classe social.
A palavra “depressão” é usada, popularmente, para descrever qualquer tipo de tristeza ou perda de humor. Para a medicina, a “depressão” é vista como um conjunto de sinais e sintomas que merecem atenção profissional, médica e psicológica. Ela deve ser diagnosticada por meio de critérios específicos e por um profissional médico (psiquiatra).
Para os médicos, a depressão não tem uma causa única, mas é resultado da interação de vários fatores, variando de pessoa para pessoa. Tradicionalmente, a causa da depressão é classificada em dois tipos: depressão endógena e depressão exógena. A primeira se refere às causas internas, de origem biológica e ou predisposições hereditárias. A pessoa que sofre de depressão endógena tem uma causa fundamentalmente biológica, não existindo uma correlação entre o momento depressivo com os fatos ou acontecimentos externos. A depressão exógena, porém, é causada por fatores externos. Ela é provocada como se fosse uma reação a fatores ambientais e circunstanciais. Por exemplo, morte de um ente querido, estresse, desemprego, divórcio etc.
A depressão feminina está ligada a causas biológicas (puberdade, ciclo menstrual, gravidez ou infertilidade, pós-parto e menopausa), culturais (papel da mulher, status social, abuso sexual) e psicológicas (stress, reação às perdas e aos conflitos, discriminação).
De forma resumida, a psiquiatra Roseli Gedanke Shavitt, aponta os principais sintomas da depressão geral, os quais são também os da depressão feminina:
Humor depressivo, desânimo, tristeza desproporcional às circunstâncias.
Insônia ou hipersônia (dormir mais do que o habitual)
Aumento exagerado ou diminuição do apetite
Diminuição ou perda do interesse e prazer pelas coisas
Sentimentos e ideação de culpa exagerados ou irracionais
Fadiga ou sensação de perda de energia
Diminuição da capacidade de concentração
Diminuição da capacidade de tomar decisões
Agitação ou lentificação motora
Pensamentos, planos ou tentativa de suicídio
O tratamento da depressão deve ser realizado a partir de dois procedimentos: (1) Avaliação e diagnóstico por um profissional médico, com o apoio dos familiares do paciente. (2) Escolha do tratamento adequado. O tipo de tratamento a ser administrado vai depender da gravidade da depressão, dos serviços disponíveis e da preferência do indivíduo. Os dois tratamentos eficazes são o medicamentoso e o da psicoterapia.
DEPRESSÃO E ESPIRITUALIDADE
A Bíblia descreve o transtorno depressivo através da experiência de pessoas que creram em Deus. Eles eram crentes dedicados a Deus e passaram por depressões. Jó é um exemplo clássico de depressão causada por perdas. Ele perdeu de forma repentina e traumática, todos os seus filhos, todos os seus bens materiais e sua saúde. Ele entra em depressão e fala: Porque não morri eu na madre? Porque não expirei ao sair dela? (Jó 3.11). Moisés também passou por depressão e pediu a Deus que o matasse: Se assim me tratas, mata-me de uma vez, eu te peço, se tenho achado favor aos teus olhos (Nm.11.15). O profeta Jonas também sofria de grave melancolia ou de um distimia crônica. Ele pede a Deus: Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver (Jn.4.3). Davi, “o homem segundo o coração de Deus”, também passou por várias depressões. Quando ele pecou e tentou esconder o seu erro, ele entrou em uma profunda depressão: Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio (Sl 32.3-4). A sua depressão afetou os seus ossos e seu humor. Jesus também sofreu de depressão. No Getsêmani, antes de enfrentar a morte na cruz, ele confessa: Minha alma está profundamente triste até a morte (Mt.26.38). Trata-se de um estado de profunda depressão. Naquela hora Jesus passou por sofrimentos, sensações e sentimentos de agonia tão fortes que até desejou morrer.
Tais exemplos revelam o realismo bíblico da depressão. Nenhum crente está imune à depressão. Qualquer cristão, por mais fiel que ele seja, pode enfrentar uma depressão. A fé não nos dá isenção dos transtornos mentais. Mas acima de tudo, o ensino bíblico sobre a depressão, nos dá esperança: porque não temos Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas… Pois naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados! (Hb.4.15 e 2.18). Jesus experimentou a depressão e por isso ele conhece o sofrimento de uma pessoa depressiva.
Encerro este pequeno artigo chamando a sua atenção para o perigo de se diagnosticar a doença física da depressão como se fosse um problema de origem espiritual. Por falta de informação, por preconceito ou em nome de uma “grande fé”, o tratamento médico necessário é rejeitado ou substituído pelo religioso. Não podemos esquecer que a medicina é uma benção de Deus e os remédios são meios divinos, para a nossa cura. Extraordinariamente, Deus pode nos curar diretamente por meio de um milagre. Ordinariamente, Deus cura as pessoas através de um tratamento médico.
Arival Dias Casimiro
(Recomendamos a leitura do livro TRANSTORNOS MENTAIS E ESPIRITUALIDADE. Z3 Ideias Editora (2010). Arival Dias Casimiro e Roseli Gedanke Shavitt. Orientações médicas e espirituais sobre Ansiedade, Síndrome de Pânico e Ansiedade).

Acampamento - Aracajú (viagem em Janeiro 2012)










Acampamento